Dormimos no Hostel Sajama,
em um quarto triplo, muito simples, porém com chuveiro de água fervente e boa cama.
Feira de rua em Uyuni
Acordamos e fomos direto ao
Pasti Pizza tomar um café reforçado (75 pesos) para aguentar o dia que seria
muito puxado. A idéia hoje é conhecer o salar e suas islas.
Nossa primeira para foi no
cemitério de trens. Um pátio de trens abandonados, largados ao tempo, que de
tanto tempo exposto ás intempéries, estão muito enferrujados, dando um ar
nostálgico e misterioso ao lugar.
Cemitério de Trens
Saímos do cemitério por
volta das 10:00hs em direção a Colchani, a porta de entrada ao Salar. Nosso odômetro
já esta marcando 4.711Km.
Com o termômetro marcando 10
graus, a 3600 metros de altitude, entramos no salar e já na entrada conhecemos
os Ojos del Salar (mini gêiser).
Seguimos para a Isla
Incahuasi, a qual chegamos por volta das 14:00hs. Fizemos um passeio pela Isla
e depois aproveitamos a infraestrutura do local para fazer o almoço. Nesse
local há várias mesas com bancos, todos feitos em sal, onde os turistas com
seus motoristas e vans (normalmente Land Cruiser) fazem seu almoço.
Fizemos um arroz com
linguiça, azeitonas, champignons e mais alguns quitutes que foi de dar água na
boca em nossos vizinhos!
Já eram quase 16:00hs quando
terminamos de almoçar e ajeitar as coisas.
Almoço Isla Incahuasi
Rick e Vande lavando a louça
Seguimos então em direção a
Aguaquisa. Nosso roteiro inicial era de seguir para a Isla del Pescado, mas
como achamos que ficou meio tarde seguimos direto a Aguaquisa. No trajeto
paramos algumas vezes para tirar fotos, aquelas que todo mundo faz no Salar.
Logo após as fotos, o
caminho começou a ficar sem as marcas, uma planície totalmente branca, apenas
montanhas ao longe. Tracei uma linha reta até o ponto em que o GPS nos indicava
a localidade de Aguaquisa e seguimos em frente. Logo a frente a camada de sal
começou a se quebrar e a pick-up começou a afundar, dei meia volta e mudamos a
direção, tentando localizar um trecho mais firme. Quando estávamos quase saindo
do salar, a uns 300 metros da fim do salar a pick-up começou a perder
velocidade e afundar, mas dessa vez não deu nem tempo de tentar voltar, ela
parou definitivamente. Isso já passava das 16:30hs.
Como bons trilheiros, a
principio não nos preocupamos muito, estávamos bem preparados e sabíamos o que poderíamos
fazer. Descemos do carro, analisamos a situação e começamos a retirar as
pranchas de desatolagens, pás e macaco para começar a trabalhar.
Encalhado no meio do Salar de Uyuni
Cavamos ao redor das rodas
para conseguirmos colocar as pranchas por baixo dos pneus. Quanto mais cavávamos
mais molhado ficava. Conseguimos colocar a prancha por baixo e mesmo assim a
pick-up nem se mexia. Tentamos então macaquear o carro para levantar as rodas,
calçar com pedras (que eram trazidas de uma montanha que estava a uns 300
metros do carro) e tentar descolar o diferencial do chão. Fizemos isso em todas
as rodas, mas era baixar o macaco e o solo afundava. Trabalhamos até as 22:30,
quando fomos vencidos pelo cansaço e decidimos dormir e no dia seguinte procurar
ajuda.
Abrimos as barracas, fizemos
uma janta rápida e cama, todos estavam exaustos.
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